segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Creme de Abóbora

Ingredientes:
- 1/2 abóbora 
- 3 dentes de alho
- Alecrim (a gosto)
- Azeite
- 3 colheres (sopa) de aveia
- Cheiro verde ( a gosto)
- 1/2 sachê caldo de carne
- 1 litro água

Modo de Preparo:
Pique a abóbora em fatias e coloque em uma assadeira para assar. Salpique alecrim e azeite. Deixe assar por cerca de 30 minutos ou até a abóbora amolecer.
Bata no liquidificador a abóbora assada, aveia e água.
Em uma panela frite os dentes de alho com um fio de azeite. Acrescente a abóbora batida, o cheiro verde e o sachê de caldo de carne. Deixe ferver por 10 minutos.

Bom apetite!!




Rede de Dormir

Neste final de semana fui a um restaurante nordestino e depois de comer encontrei uma rede vazia e me deitei... Gostei tanto que resolvi compartilhar com vocês.

Acho que todo restaurante tinha que ter um lugarzinho de descanso para seus clientes desfrutarem depois da comilança para tirar a sesta.
Você sabia que a rede surgiu na América do Sul? O copyrght é sul americano.  O nome rede foi dado pelo Pero Vaz Caminha devido a semelhança da rede de pescar. A rede era herança de família e as mulheres eram responsáveis pela manufatura com fiação simples e malhas grandes. Hoje as redes são feita em teares.
Ficou com vontade de instalar uma rede em casa e não sabe como. Veja estas dicas da Folha de como instalar a rede de dormir. 

Termino agora com a poesia - Rede de Dormir - de Clemilson Sennafelip - que diz tudo sobre a rede de dormir.

Acolhe meu corpo cansado
Balança o meu céu estrelado
Faz relaxar minha alma
Me faz dormir sossegado.

Rede de sono profundo
Espreguiçadeira do mundo
Amiga do trabalhador
E do maior vagabundo

Rede de varanda,
Rede do mar
Rede dos namorados
Rede do descanso
Rede de amar

Rede de criança
Rede de ninar
Boi da cara preta
Mãe cantando ao balançar

Rede bordada
Rede colorida
Rede de dormir
Rede carinhosa
Rede da minha preguiça.



domingo, 9 de fevereiro de 2014

O crucifixo continua em alta em 2014.


Com o terço na mão, peço a vós, minha Virgem Maria 
Minha prece levai a Jesus, Santa Mãe que nos guia 
Com o terço na mão, peço a vós, minha Nossa Senhora 
Por todos nós, rogai, Pai, vos pedimos, agora 

Com o terço na mão, de joelhos no chão, vos pedimos 
Aliviai as tristezas e as dores que, às vezes, sentimos 
Clareai o caminho daqueles que vivem perdidos 
E olhai por aqueles que o mundo deixou esquecidos

Santa Maria, rogai por nós 
Que recorremos a vós 
Nos mistérios contemplo o nascer de Jesus e a alegria 
Na paixão, por amor, preso à cruz, sua dor e agonia

Sua ressurreição e aos céus, a ascensão, no terceiro dia 
Vossa coroação junto a Deus, coração de Maria 
Com o terço na mão e com fé, aprendi, Mãe querida
Que aceitar a vontade de Deus é o maior bem da vida 

Que ajudar um irmão num instante do seu sofrimento 
É amar nosso próximo e servir a Deus Pai nesse momento 
Santa Maria, rogai por nós 
Que recorremos a vós. 


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Procura da Poesia - Carlos Drummond de Andrade

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.
Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.
Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.
O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade.
Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam.
A poesia (não tires poesia das coisas)
elide sujeito e objeto.
Não dramatizes, não invoques,
não indagues. Não percas tempo em mentir.
Não te aborreças.
Teu iate de marfim, teu sapato de diamante,
vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família
desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.
Não recomponhas
tua sepultada e merencória infância.
Não osciles entre o espelho e a
memória em dissipação.
Que se dissipou, não era poesia.
Que se partiu, cristal não era.
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada
no espaço.
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Repara:
ermas de melodia e conceito
elas se refugiaram na noite, as palavras.
Ainda úmidas e impregnadas de sono,
rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.